A Rede Globo de televisão nunca se viu
numa situação tão caótica em audiência. Diariamente temos visto nas
notícias dos sites que cobrem o mundo televisivo os números e recordes e
mais recordes negativos em programas e telejornais da carioca.
Além disso, nunca antes vários de seus
programas tiveram que dividir a liderança em audiência com outros
produtos da concorrência ou mesmo perdê-la para estes canais. Notícias
recentes jogam na cara da Globo lista de mais de 15 produtos que tiveram
suas lideranças beliscadas em apenas uma semana.
É o efeito cascata que faz a Globo viver a
pior fase de sua história. As manhãs da emissora estão estabilizadas ao
comparar com períodos passados recentes, entretanto, o carma começa nas
tardes e percorre por todo o horário nobre.
Inicia-se com o atual fracasso do “Vídeo
Show” de Zeca Camargo, o qual vem frequentemente perdendo o primeiro
lugar, assim, entrega em baixa para os filmes da “Sessão da Tarde”, cuja
audiência já não alegra a emissora há tempos.
Há certa pausa no carma ao entrar em cena
o “Vale a Pena Ver de Novo – Caras & Bocas”, tendo em vista que
este vem conseguindo bons números, aproximando-se dos 18 pontos, meta
estipulada pela Globo para o horário.
O efeito cascata negativo recomeça com
“Malhação”, que, igualmente à “Sessão da Tarde”, já não anima a velha
senhora há tempos. Limitada pelos números que a antecedem, a nova novela
das 18h (“Meu Pedacinho de Chão”) vai ao ar e não consegue cravar
índices satisfatórios.
Após os jornalísticos locais, a novela
das 19h (“Além do Horizonte”) com os índices mais preocupantes de todos
os tempos surge para o telespectador, não obtém bons números e entrega
extremamente em baixa para o honroso “Jornal Nacional”, este é um dos
supracitados que vem amargando recordes negativos históricos.
O “JN” se despede e entra em cena à
última, sonífera e penosa trama “Em Família”, do grande Manoel Carlos
(que tristeza de despedida, hein…), essa alarma ainda mais a situação,
e, juntamente com a atual das 19h, se constitui até o momento como a de
menor audiência do horário de todos os tempos, nesse caso, a das 21h.
Esse carma segue sucessivamente pela
programação da Globo nos dias atuais. O efeito cascata é comprovadamente
um empecilho crucial vivenciado pelas emissoras, uma vez que é
complicado um produto fazer mágica e subir números tão baixos, sobretudo
quando se trata de produtos explicitamente não tão qualificados, os
quais fogem do gosto popular moderno.
Quanto aos finais de semana, os números também já foram bem, mais bem melhores.
Com uma concorrência competente, seria difícil a Globo sustentar a liderança geral com tantos recordes negativos…
Texto: Danyllo Junior
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